Ate quinta-feira, cinco crianças e quatro adultos estavam internados na enfermaria do hospital Rural de Cuamba, com problemas de diarreias associadas com outras patologias, disse o director dos Serviços distritais de Saúde, Mulher e Acção Social, Simão Naueha.
Maiores casos de diarreias naquela clínica são oriundos dos bairros de Mutxora e bairro 5 Aeroporto onde o deficiente saneamento do meio e higiene e consumo de água imprópria são apontadas como causas de persistência da diarreia, desde 2008.Cassos recentes ainda por confirmar foram notificados nos povoados de Mepessene e Murusso, onde duas famílias estão com diarreias por terem consumido água do rio Muanda.
No entanto, o hospital rural de Cuamba não dispõe de espaço suficiente para separar os pacientes de cóleras com outros doentes, por se encontrar em reabilitação, mas esforços estão sendo feitos ao nível do governo local ao que respeita a conclusão das latrinas no próximo centro de tratamento de Cólera no recinto da escola primária de Namutimbwa, para onde serão transferidos os pacientes. Comparado ao igual período no ano passado, a situação é pouco gritante.
Estes dados foram avançados ontem quinta-feira, durante a reunião da comissão de combate as doenças diarreicas que tiveram lugar na sala de sessões do governo, que visava por um lado fazer balanço das actividades levados a cabo pela comissão e por outro, apresentar a proposta novas brigadas formadas que irão continuar com as actividades de sensibilização noutros bairros.
Informações adicionais indicam que a comissão visitou um total de 96 casas nos bairros municipais de Mademo, Mendonça e Maganga, e partilhou com as respectivas famílias mensagens sobre as medidas de prevenção, essencialmente a limpeza das residências, pulverização, tratamento de água e lavagem das mãos.
As mensagens sobre a lavagem das mãos são igualmente dirigidas aos viajantes que assim que aproximar na cidade de Cuamba, os carros são solicitados a pararem para permitir que os passageiros possam lavar as suas mãos. Em cada entrada dos carros que saem doutros pontos da província do Niassa ou Pais, estão lá parte dos membros da comissão para ajudar os passageiros na lavagem das mãos com água tratada. O director do SDSMAS defende que os viajantes percorrem longas distancia e durante a viagem, podiam ter feito necessidade biológicas, tal que a água disponível em Cuamba, os passageiros podem se desinfectar evitando desta forma a propagação da Cólera. Alias, esta medida surge numa ocasião em a cólera foi notificada nos distritos de Mandimba, Malema e Mecanhelas vizinhos de Cuamba-Acrescentou.
Esta comissão foi criada em Dezembro passado e é composto por membros do governo, activistas da Associação Hankoni e da INGS, liderada pelo Administrador do Distrito de Cuamba como presidente e Director dos serviços Distritais da Mulher e da Acção Social como vice-presidente.
Por Hermínio Rodrigues
