Despoletado o caso de venda de processos do aluno a 70 meticais na Escola Secundária Geral de Cuamba

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Uma comitiva do governo do distrito de Cuamba, encabeçada por João Júlio Manguinge, Administrador do distrito de Cuamba, efectuou uma visita relâmpago na Escola Secundaria de Cuamba, tudo para se inteirar do processo de matrículas do primeiro e segundo ciclos, que igualmente já circula nas redes sociais.

No local o governante foi informado de que a direcção da Escola Secundaria de Cuamba, orientou o pessoal envolvido nas matrículas para não receber processos do aluno comprado fora daquele estabelecimento de ensino, ostentando o logótipo e nome do director da escola.

Alunos, pais ou encarregados de Educação ficaram em pânico e lamentam pelo comportamento e sentem se injustiçados, numa altura em que o Presidente da Republica Filipe Jacinto Nyusi, anunciou que as matrículas de primeira a nona classe este ano 2020, são gratuitas ou seja não se paga nada.

Nelson Martinho Muachave, funcionário de secretaria e responsável pela venda de processos em nome de escola, respondendo as perguntas feitas pelo administrador disse que ele cumpria com as orientações dos seus chefes, para não receber processos do aluno fora daquele que ostenta o timbre da escola e por ser inferior em relação a direcção omitiu a sua opinião.

O questionamento prosseguiu em torno das matrículas, Germano Elias chefe da secretaria, convidado para dar satisfação a inquietação disse que a subida do preço do processo de 30 meticais dado pelo fornecedor e comprando no mercado para 70 meticais foi partilhado por pais e encarregados de educação numa das reuniões onde uns contestaram e outros votaram a favor.

Porque duvida persiste e as respostas não são favoráveis foi solicitado a sustentar as afirmações dos elementos envolvidos nas matrículas Ménio Mendes director administrativo que explica de que os processos vem do fornecedor a preço de 30 meticais e a escola decidiu agravar para setenta meticais alegando o custo de papel e toner para imprimir um boletim.

Sabe se de que na praça imprimir um documento no formato A4 varia de dois a cinco meticais, entretanto a Escola Secundaria o mesmo papel nas mesmas qualidades impresso vende aos alunos a 40 meticais, isto é, sete vezes maior ao preço praticado na praça.

Raimundo um dos juristas da comitiva do administrador, sustenta de que tudo quanto acontece na Escola Secundaria esta fora da lei aliás pode ate ter implicações, porque o colectivo foi solicitado a apresentar os termos de referencia para aquisicao daqueles, processos, contratos firmados e actas das três reuniões supostamente onde foram deliberados a aquisicao e muito menos o concurso publico para adjudicacao sequer foi apresentado face a isso tudo o jurista foi claro de que esta se perante uma clara irregularidade.

O chefe do executivo, visitou igualmente a secretaria da escola secundaria onde encontrou uma tabela de emolumentos para vários serviços, exemplo concreto para anular a matricula, em qualquer classe o aluno ou pai e encarregado de educação deve parar 500 meticais, o requerimento para emissão de certificados está 205 meticais; papel A4 para justificar faltas custa 100 meticais de entre outras irregularidades.

O director da Escola Secundaria de Cuamba, Evaristo Fabião, disse que o colectivo da direcção já havia tomado a dianteira de rever a situação, e de imediato a comitiva governamental chegou.

A informação não menos importante veio do presidente do Conselho escola comunidade, Momade Buana sem gravar a entrevista deu a conhecer ao governo de que desde Dezembro de 2019 que não participa das reuniões da escola porque não é convocado dai que distancia se de ter partilhado o valor exorbitante de venda de processos naquele estabelecimento de ensino Secundário ou pré-universitário publico.

O administrador do distrito não gostou o comportamento e reuniu de imediato a direcção da escola para se tomar decisões a respeito, no encontro restrito o director da Educação Juventude e tecnologia de Cuamba, Xavier Renade distancia se das anomalias e disse estar surpreso ver e ouvir tudo aquilo.

No final do encontro Manguinge determinou anulação completa do processo de venda de processos do aluno e consequentemente a reposição do valor da diferença quer dizer todo o pai e aluno que pagou setenta meticais vai receber os quarenta meticais de volta.

Até a data do feicho da reportagem soubemos de que haviam sido importados cerca de 1000 mil processos e não foi revelado quantos foram vendidos.

De salientar que o serviço distrital de Educação juventude e tecnologia de Cuamba, constituiu uma equipe de inquerido para averiguar a situação e produzir relatório narrativo e será entregue ao Administrador do distrito de Cuamba (x)

 

Por: Stiven Mapira

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