Comunidades rurais passam a ser mais integradas no debate académico socioeconómico e político nacional

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O acesso a informação pelas comunidades rurais moçambicanas como forma de garantir a sua participação no processo de desenvolvimento nacional, está no espírito de um memorando de entendimento assinado esta terça-feira em Maputo, entre o IESE – Instituto de Estudos Sociais e Económicos e o CAICC – Centro de Apoio à Informação e Comunicação Comunitária, visando a simplificação e adequação de conteúdos das pesquisas para sua posterior distribuição pela rede de mais de 130 rádios comunitárias moçambicanas.

O IESE é uma organização que tem estado a realizar pesquisas sociopolítico e económicas sobre Moçambique que são partilhadas em publicações científicas e livros, bem como apresentadas em fóruns académicos nacionais e internacionais, enquanto o CAICC é um programa baseado no Centro de Informática da Universidade Eduardo Mondlane e que trabalha iniciativas comunitárias de promoção de informação e comunicação, dando assistência técnica para a melhoria das suas capacidades no domínio das tecnologias e da produção de conteúdos.

As pesquisas do IESE se revestem de grande importância para a ampliação do debate sobre as questões nacionais, mas devido aos critérios técnicos usados para produção do conhecimento científico, não são acessíveis a grande maioria da população, o que pressupõe que o material seja adaptado a realidade local, assim como o debate seja feito de forma interactiva a nível das rádios comunitárias, para permitir que os cidadãos que residem nos postos administrativos sejam integrados.

Salvador Forquilha, Director do IESE, disse que a assinatura deste memorando vem responder a uma das dimensões do trabalho da sua organização que é o da valorização da pesquisa através da intervenção social, permitindo que as pesquisas produzidas sejam úteis sob o ponto de vista de contributo para a construção social, política e económica do país.

Por seu turno, Lázaro Bamo, coordenador do CAICC, referiu que este memorando pretende dinamizar o acesso a informação a nível das comunidades rurais, a partir do momento em que as pesquisas realizadas no país e que tem um impacto sobre o desenvolvimento comunitário serão levadas às próprias comunidades.

“Os desafios para Moçambique, 2016 trazem reflexões sobre a paz e a pobreza e achamos ser justo e honesto, levar esta informação as comunidades rurais, que sofrem com privações no acesso a informação e com este ambiente que vivemos. Queremos continuar a contribuir para o desenvolvimento do país, fazendo chegar esta informação a quem precisa” – frisou.

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