Mecanizacao Agricola, Um Sonho a Sua Sorte

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Por Calisto Constantino

O Governo de Moçambique olha na agricultura, como sendo o único recurso que pode aliviar o país da actual conjuntura económica. Por essa razão, só na província de Nampula, foram adquiridos mais de 100 tractores agrícolas e 280 motobombas que neste momento já se encontram nos Distritos para os devidos efeitos.
No mesmo projecto, o governo desta Província, instalou nos Distritos de Malema, Ribáuè, Meconta e Angoche, para cobrir as regiões interior, intermédia e costeira, quatro Centros de prestação de Serviços agrários.
A terra para cultivar usando a agricultura mecanizada é o que há demais. Agua para irrigação dos campos, também existe em quase todos os Distritos onde as máquinas foram alocadas.
Resta-nos saber sobre as políticas de atribuição dessas máquinas, gestão e sustentabilidade das mesmas, uma vez que nas nossas viagens pelos Distritos, constatamos que os Serviços Distrital de Actividades Económicas de Alguns visitados, como por exemplo, Malema, Liúpo, Mogincual, Nacarôa, entre outros, serão alocadas aos agricultores influentes.
Alocar tractores e motobombas é prioritário. Mas falta por parte das autoridades que tutelam o sector da agricultura, a identificação de potênciais agricultores happy wheels e apoia-los em represas, insumos agrícolas e técnicas de assistência directa aos campos de cultivo.
No Distrito de Malema, por exemplo, encontramos um grupo de 20 potênciais produtores que estão a desenvolver as suas actividades ao longo do rio Nataleia, numa área de 20 hectares que clamam por uma represa desde tempo colonial. Mas são infelizes com a sua produção, porque, têm vindo a construir uma pequena barragem usando material local, entretanto, quando chove, a onda das aguas arrasta tudo, reduzindo à cinzas os seus esforços .
Clemente Penteque, em Nioce, com 150 hectares, os 100 hectares em Niona, no rio Lúrio, região limítrofe entre Malema em Nampula e Metarica no Niassa, o Fórum de Nankhurungo, em Mogincual, Associação Namucona, em Rapale e Ambrósio Albino com 18 hectares de Milho, no Distrito de Lalaua, são alguns exemplos de potências produtores anónimos que apenas necessitam de um apoio financeiro e material, para continuarem de forma voluntária a contribuir para o desenvolvimento do sector agrário.
Está na hora de abandonar o gabinete e ir atrás do produtor. Ele, é o garante da nossa economia!

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