A história de um casamento forçado que resultou em fístula obstétrica

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O CAICC – Centro de Apoio a Informação e Comunicação Comunitária, realizou em parceria com o IREX – Programa para o Fortalecimento da Media que teve lugar na vila fronteiriça de Milange, província da Zambézia.
Os casamentos prematuros e como as rádios comunitárias e centros multimédia comunitários fazem o tratamento da informação referente a este fenómeno foi um dos temas, onde os jornalistas, produtores de conteúdo e colabores das rádios comunitárias partilharam suas experiências.
Dulce Manteiga Nharruco da Rádio Comunitária do Ile partilhou uma experiência por si presenciada que aborda a história de uma rapariga da sua comunidade que foi forçada a casar aos treze anos, tendo engravidado antes da idade recomendável pela medicina e por via disso, depois do aborto, contraiu fistula obstétrica.
Tudo começou quando a rapariga em causa foi submetida aos ritos happy wheels de iniciação, logo que teve a sua primeira menstruação. Terminado o período dos ritos de iniciação, os pais forçam a filha a casar-se, alegando que depois da primeira menstruação a criança já estava crescida e devia casar para ajudar os pais.
Depois do casamento, veio a gravidez e por se tratar de precoce e que a levou a contrair fístula obstétrica, o marido a abandonou e os pais, por sua vez a expulsaram de casa, porque toda hora devia estar com descartável.
O depoimento da jornalista da rádio comunitária do Ile foi disponibilizado através das ferramentas de contacto do CAICC como forma de dar a conhecer esta triste situação de modo que, cenários idênticos sejam evitados no nosso país.
O vídeo pode ser visto através do link abaixo:

 

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