Tubarão atormenta baía de Inhambane

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A ADMINISTRAÇÃO Marítima de Inhambane desencadeou ontem uma operação de caça a um tubarão que desde semana passada está a criar pânico na baía, atacando pescadores e banhistas.

O administrador marítimo em Inhambane, Américo Sitoe, disse ontem que a sua instituição está preocupada com os acidentes que se registaram semana passada no local, um dos quais resultou em óbito, todas envolvendo pescadores atacados por um suposto tubarão que surpreendeu as suas vítimas em plena actividade piscatória.

O primeiro caso registou-se na cidade da Maxixe, onde Alberto Rafael, um pescador, quando se preparava para sair da praia foi atacado por um animal com qual travou uma luta renhida na água, disputando um cesto de peixe.

Na sequência o pescador ficou sem um dos braços, depois de perder o cesto do peixe. O mesmo viria a ser socorrido para o Hospital Rural de Chicuque, onde está a receber tratamentos.

O segundo caso, em menos de uma semana, ocorreu no último sábado, na região de Nhaduga, também na baía de Inhambane, onde Albertina Cavel, uma pescadora que se encontrava na faina de camarão, foi atacada pelo animal. A pescadora viria a perder a vida no leito do Hospital Provincial durante a cirurgia a que foi submetida de emergência.

Albertina Cavel, de 35 anos, mãe de duas crianças, uma das quais de apenas cinco meses, encontrava-se na companhia de duas amigas, tendo descido ao mar para a habitual actividade rotineira de pesca para o sustento das respectivas famílias. Já na água a vítima terá sido atacada sem hipótese de fuga, tendo sido imediatamente socorrida pelas companheiras, que a transportaram de emergência para o hospital.

Dados em nosso poder indicam que dois dias antes do ataque de Alberto Rafael, que ainda se encontra no Hospital Rural de Chicuque em tratamento, um barco levando turistas na praia de Tofinho, cidade de Inhambane, teria sido também atacado por um tubarão. Dia seguinte, segundo os mesmos relatos, um golfinho foi encontrado morto nas margens da praia de Tofinho com sinais fortes de mordeduras de um tubarão.

Américo Sitoe disse que há toda a necessidade de desencadear uma investigação para descobrir que tipo de animal está a criar pânico na baía e se for possível eliminá-lo para que os banhistas e pescadores possam voltar a desfrutar da praia como um lugar de lazer, e os pescadores o mar como local de trabalho.(In Jornal Noticias)

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