O padre José Nassone, recentemente afecto à Paróquia do Posto Administrativo de Amatongas, no distrito de Gondola, pegou um valente susto da sua vida, quando, na madrugada da passada quarta-feira, foi visitado por um grupo de seis ladrões, na sua própria residência, munido de catanas. Segundo conta o padre Nassone, os indivíduos teriam vandalizado a porta principal da sua casa, por onde se introduziram e, depois, dirigiram-se ao seu quarto, após também terem forçado a porta. Dois dos seis malfeitores ameaçaram o padre (sem saber que era padre), perguntando onde o padre se encontrava a dormir. Depois, um dos membros, que se movimentava ora para dentro ora para fora da casa, em controlo do movimento externo, disse que o padre era aquele mesmo sujeito a quem os colegas interrogavam.
“Pediram-me que lhes desse todo o dinheiro que tinha e eu disse que não tinha nenhum dinheiro. Entretanto, porque me ameaçam brutalmente, acabei entregando 13 mil meticais da colecta, mas pediram mais dinheiro, missal e a chave do carro. Entreguei a chave, porque quase me matavam. Enquanto se retiravam, caiu um embrulho de dinheiro que continha cerca de 30 mil meticais, e acabaram por levar também esse dinheiro. E levaram ainda um computador”, contou o padre.Depois de ver a sua viatura desaparecer, o padre descobriu os dois guardas paroquiais amarrados e sem possibilidades de soltar qualquer grito de socorro.
Questionado sobre como se terá sentido após a saída dos malfeitores da sua casa com os seus bens, o padre respondeu: “senti um alívio, já não estava com medo, porque medo tive antes de terem entrado. Quando eles se foram embora com o carro, orei muito a Deus.”
O carro do padre era uma encomenda há muito aguardada pelos compradores em Nampula – já havia cliente à espera.
Fonte: opais