PESCA NAS ILHAS DO IBO, MATEMO E QUIRIMBA, ATINGE 4.305KG DE POLVO E 1.570 KG DE PEIXE.

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Durante os dois dias de aberturas das vedas temporárias e comunitárias para a pesca de polvo nas ilhas do Ibo, Matemo e Quirimba, os pescadores capturam um total de 4.305Kg de polvo e 1.570 kg de Peixe.
Só no 1˚ dia de abertura da veda do Banco São Gonçalo, área de 316 Hectares, ocorrida no dia 5 de Dezembro 2017, os pescadores de Ibo e Matemo, capturaram consideráveis quantidades que atingiram 3.500 Kg de polvo e 850 Kg de peixe com uma diversidade de espécies de peixe papagaio e pedra.
Adicionalmente, no Banco Tchamba, área de 434 Hectares, cuja abertura da veda foi no dia 6 de Dezembro 2017, os Pescadores da ilha Quirimba, conseguiram 805 Kg de polvo e 720 Kg de peixe, também com maior diversidade de peixe papagaio e pelágicos.
Trata-se de somas de apenas um dia, cujos resultados, deixaram satisfeitos os principais intervenientes no processo de vedas estabelecidas em Março de 2017, que são as comunidades do Arquipelago das Quirimbas que tiveram o apoio técnico do Fundo Mundial para Natureza WWF.
Maria Momade, Zura Iahiya, Mualimo Dadi e Abdul Pedro apanhadores de polvo, das comuidade Ibo e Quirimba disseram que estão satisfeitos com os resultados que alcançaram, principalmente pela quantidade e tamanho de polvo, considerados maiores em relação às capturas antes do período das vedas.
Por sua vez, o administrador do Parque Nacional das Quirimbas, Albino Filipe Nhusse, satisfeito pelos resultados, disse que a zona vedadas dentro daquela área de conservaçao já tinha pouca quantidade e tamanho reduzido de polvo antes da veda, tendo o mesmo secundado que houve assim uma recuperação natural de espécies, por iniciativa das própias comunidades.
Mais do que claro, é prova de que as vedas contribuem para o uso sustentável dos recursos dentro do Parque das Quirimbas é por isso este tipo de iniciativas devem ser promovidas de forma continua pelas comunidades, não só pelas comunidades das Quirimbas, mas também por outras comunidades. Com o apoio dos nosso parceiros foi necessário acolher experiências de outras comunidades dentro da provincia e fora do país.
Albino Nhusse, ficou igualmente satisfeito pelo facto de toda quantidade de polvo e peixe capturados, terem tido mercado já garantido e imediato.
Entretanto, o represetante provincial do Fundo Mundial para Natureza WWF em Cabo Delgado, António Serra, disse que com estes resultados alcançados além de haver melhorarias na renda dos pescadores, deu-se um passo no caminho da garantia da sustentabilidade, um dos porincipais objectivos do projecto.
Tivemos resultados encorajadores, facto que pode melhorar a renda das famílias pescadoras. Isso mostra que as nossas comunidades estão a entender a necessidade de uso sustentavel dos recursos naturais, embora a fiscalização tenha sido, um dos desafios, só foi possivel com o estabelecimento de uma fiscalização conjunta, que contou com o envolvimento de vários actors do Parque.
Serra explicou por outro lado, que, foi desenvolvido um estudo sobre outras actividades alternativas de pesca e meios de subsistência nas comunidades do Arquipélago das Quirimbas, cujas recomendações e implementação poderão também contribuir para a redução da pressão dos recursos marinhos.
Quem mais ficou satisfeito é o comerciante de pescado que opera na ilha Quirimba, Abdul Arage, para quem a prática de veda deve continuar, porque o tamanho de peixe e polvo apanhado responde positivamente a procura dos clientes no mercado.
Abdul Arage, que comprou maior parte de polvo e peixe no dia da abertura de veda do banco Tchamba na Ilha Quirimba, pagou cerca 15 mil meticais a um à 4 pescaodores ilhéus associados de um barco de pesca.
Estou muito satisfeito, porque antes da veda, nunca saiu este tipo de peixe, o tamanho também é bom e acho que essa iniciativa deve continuar e que os pescodores entendam que o que as autoridades do Parque querem, é apenas melhorar a qualidade de vida dos Pescadores e suas famílias.
O administrador do distrito de Ibo, Issa Tarmomade pediu mais uma vez, o envolvimento total da população no processo das vedas e que sempre estejam na diantera da conservação dos recursos marinhos que são a principal fonte de sustento dos ilhéus.
O programa de abertura de vedas comunitarias foi igualmente testemunhado pelas direcções provinciais de Mar, Águas Interiores e Pescas & Terra, Ambiente, e Desenvolvimento Rural, além de respresentantes de Macomia, Quissanga e Quiwia em Palma, que também encorajam a réplica e continuação desta prática.
O processo de implementação do programa de vedas comunitárias das comunidade de Ibo, Matemo e Quirimba, no Arquipelago das Quirimbas, iniciou com as capacitações e trocas de experiências em Agosto de 2016, e culminou com o estabelecimento das primeiras vedas em Março de 2017.
O mesmo foi apoiado pelo Fundo Mundial para Natureza, WWF através do projecto BENGO sobre adopção de prácticas adaptáveis às mudanças climáticas pelas comunidades de pescadores, para aumento da resiliência da biodiversidade marinha e costeira e das comunidades locais no PNQ.

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