Três fábricas de descaroçamento e processamento de algodão, o chamado ouro branco, na província da Zambézia, encontram-se paralisadas devido a falta de matéria-prima, aliado aos baixos níveis de produção desta cultura de rendimento. Trata-se das unidades fabril da Olam instalada no distrito de Morrumbala, nova algodoeira em Alto Molocué e Amotexi no distrito de Mocuba, centro da Província.
A paralisação daquelas fábricas verificou-se desde a campanha agrícola passada, devido ao abandono acentuado dos grandes produtores em virtude dos baixos preços oferecido na compra do algodão em relação a outras culturas de rendimento, como é o caso de gergelim e feijão boer.
O facto foi confirmado na ultima quinta-feira (02) pelo chefe dos serviços províncias de Agricultura na Zambézia Pascoal da Costa, onde para sustentar a sua afirmação a fonte disse que na campanha agrária 2015/2016 foramlavrados964 hectares, e estiveram envolvidas 150 produtores do sector familiar. Já na presente safra o número subiu para 1.254 hectares a serem lavrados com o envolvimento de 2.089.
Para o chefe dos serviços provinciais de agricultura na Zambézia, a quantidade de tonelada colhidas não conseguem alimentar as três em presas fomentadoras desta cultura, dai que a alternativa encontrada pelos gestores é exportar a produção para outras províncias ou for a do país para o descaroçamento e processamento.
Esta situação concorre para a fraca colecta de divisas para o país, redução da mão-de-obra e causa prejuízos incalculáveis para as empresas.
Pascoal da Costa reconhece ser um cenário difícil de ultrapassar, dada a concorrência com outras culturas de rendimentos, cujo interveniente oferecem melhores preço, facto que atrai muitos produtores que não esitam em abandonar a produção de algodão, considerar que o preço não recompense o esforço e custo de compra de insumos.
Os distritos de Morrumbala, Alto Molocue, e Mocuba nos anos passados notabilizaram-se na produção de algodão, tendo tirado muitas famílias da desgraça.
Por Joaquim Chibalo
