O Nível de Resposta às Preocupações dos Cidadãos por Parte dos Decisores de Políticas Públicas Continua Baixo

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Apesar de crescer o nível de utilização das TICs para a Cidadania

O Relatório sobre o Desenvolvimento Mundial 2016 mostra que, embora a revolução digital tenha seguido em frente no mundo, nota-se que os regulamentos que promovem a entrada e concorrência, as competências que permitem aos trabalhadores, ao acesso e, em seguida, aproveitar a nova economia e as instituições que são responsáveis ​​perante cidadãos não acompanharam o ritmo.

Diante desta situação, uma publicação assinada por Thiago Peixoto (Banco Mundial) e Jonathan Fox (Universidade Americana) e publicado pelo Banco Mundial em Fevereiro deste ano, que relata um estudo feito visando avaliar o nível de reciprocidade dos decisores de políticas públicas em relação às preocupações dos cidadãos no globo sul, chegou a conclusão de que o activismo social por meio das TICs cresceu, mas o nível de receptividade dos governos ainda constitui um desafio.

Foram analisadas 23 plataformas de informação e comunicação usadas para reportar as manifestações da voz do cidadão no sentido das preocupações chegarem aos decisores públicos.

Os autores do estudo partiram de três abordagens voltadas ao papel da informação na melhoria da responsabilidade pública. Em primeiro lugar, o número e a diversidade do engajamento na prestação digital de serviços públicos continuam a crescer. Em segundo lugar, enquanto cresce a cobertura da mídia/internet, as plataformas usadas para reportar a voz do cidadão com recurso a TICs é muitas vezes entusiástica e longe de causar impactos sociais visíveis e em terceiro lugar, o foco sobre o potencial para a voz do cidadão para melhorar a prestação de serviços públicos envolve pelo menos quatro distintas arenas ainda sobrepostas à prática – o movimento aberto de dados, as reformas dos governos abertos, os esforços anti-corrupção e iniciativas de responsabilidade social.

A pesquisa chegou a conclusão de que as TICs são usadas pelos cidadãos para expressar a sua voz e reportar as suas inquietações no que diz respeito ao exercício da cidadania, mas o nível de resposta/feedback daqueles que decidem as políticas públicas ainda é fraco, ou seja, os cidadãos estão a usar as TICs para exercer a sua cidadania, mas os governos ainda não respondem.

Os autores terminam recomendando aos governos a adoptarem plataformas digitais que lhes permitam comunicação com o cidadão, no sentido de garantir maior resposta as necessidades dos cidadãos.

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